O SUS aponta uma média de 42% de parto cesariano em 2017. Já nos hospitais particulares, essa média sobe para 80%.
O Ministério da Saúde considera esses números um problema de saúde pública.
Na matéria de hoje vamos mostrar os riscos desse tipo de parto e qual a saída encontrada para diminuir esses dados.
Quando necessário, o parto cesárea salva vidas. Tanto da mãe quanto do bebê.
Mas quando não há riscos, ele não é indicado.
O que acontece é que, ainda que se marque a cesárea para as 39 semanas, o risco do bebê nascer com 37 semanas é alto! Sendo assim, ele ainda não tem todos os órgãos devidamente maturados, principalmente os pulmões que são os últimos a se formarem.
Por ser frágil e ter um organismo sem defesa alguma, o bebê se torna muito mais vulnerável às infecções agudas.
No parto natural, durante a saída do bebê, a pelve da mãe aperta o tórax da criança, auxiliando na retirada do líquido amniótico que estava nos pulmões, facilitando com isso a entrada do ar e o processo respiratório natural.
Se o parto é cesárea, será injetado uma substância para amadurecer os pulmões do bebê, porém o líquido amniótico tende a ficar nos pulmões e retardar o processo de respiração. Por isso crianças que nascem de parto cesárea são aspiradas.
Além de todos esses riscos, também podemos citar a descida tardia do leite materno, a recuperação lenta da mãe, os riscos de morte e infecção da mãe por ser um procedimento cirúrgico de médio porte e tantos outros ônus.
Sendo assim, o Ministério da Saúde criou, em 2018, um sistema de monitoramento online de partos pelo SUS, visando planejar estratégias efetivas de controle do número de cesarianas.
O medo da dor ainda é um dos principais fatores que levam a mulher a escolher o parto cesárea, mas uma boa pesquisa é suficiente para provar que não há meio mais seguro de trazer uma criança ao mundo do que o parto natural. A não ser em casos extremos, onde a cesárea é indicada.
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