O papel da fisioterapia na intubação orotraqueal de paciente de COVID-19

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Utilizada para garantir uma via aérea definitiva, a intubação orotraqueal tem sido bastante utilizada em pacientes de COVID-19.

Na matéria de hoje do nosso blog vamos entender a importância do papel da fisioterapia neste processo.

Existem duas situações em que há indicação de IOT:

  1. Quando o paciente perde a capacidade de manter sua própria via aérea pérvia; ou seja:
  • Trauma de face;
  • Anestesia;
  • Rebaixamento do nível de consciência;
  • Edema de glote;
  • Corpo estranho;
  • Risco aumentado de aspiração.
  1. Quando há necessidade de oferecer suporte ao trabalho ventilatório ou aplicar pressão positiva no sistema respiratório, ou seja:
  • Crise asmática grave;
  • Insuficiência respiratória;
  • Pneumonia grave;
  • SARA;
  • Edema agudo de pulmão;
  • DPOC exacerbada.

A fisioterapia está presente na UTI com o objetivo de evitar complicações respiratórias e motoras.

Sendo assim, na assistência a pacientes graves que necessitam de suporte ventilatório, é importante a presença do profissional de fisioterapia no preparo e ajuste da intubação, na evolução do paciente durante a ventilação mecânica e na interrupção e desmame do suporte ventilatório e extubação.

Em pacientes críticos de COVID-19, a fisioterapia respiratória é fundamental para a reexpansão pulmonar e para a remoção de secreções nas vias aéreas.

A aspiração traqueal, por exemplo, é recomendada apenas se houver sinais sugestivos da presença de secreção nas vias aéreas, como:

  • Secreção visível no tubo,
  • Som sugestivo na ausculta pulmonar,
  • Padrão denteado na curva fluxo-volume verificado na tela do ventilador.

Quem deve avaliar a necessidade de aspiração é o fisioterapeuta, de maneira sistemática e em intervalos fixos, pois é um procedimento invasivo e bastante desconfortável para o paciente, podendo resultar em complicações como:

  • tosse;
  • broncoespasmo;
  • hipoxemia;
  • arritmias;
  • danos à mucosa.

É importante lembrar que, nesse procedimento, é indispensável o uso dos EPI’s necessários para o manuseio do paciente contaminado pelo COVID-19, bem como seguir todos os protocolos de retirada dosa equipamentos e evitar a circulação do profissional pelo hospital, diminuindo com isso o risco de disseminação do vírus pelas demais alas hospitalares.

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