O tempo pode ser crucial para salvar uma vida. A frase pode parecer clichê, mas é a mais pura realidade. Quando se fala em resgate de pacientes em estado grave, um milésimo de segundo pode levar a vítima a óbito.
Dependendo da gravidade, o paciente pode não resistir ao translado até o hospital, levando em consideração que o trânsito e fatores meteorológicos podem interferir no resgate da vítima.
Para vencer as barreiras do tempo, o resgate aeromédico entra em ação. O socorro aéreo é essencial no caso de pacientes que precisam ser transferidos para grandes centros de tratamento, com toda estrutura e segurança de uma UTI.
A aeronave é equipada com a maioria dos itens que estão presentes numa UTI terrestre, como desfibrilador, respirador, equipamentos de monitoramento cardíaco e medicamentos diversos.
A bordo da UTI aérea está a tripulação de voo e uma equipe médica composta por médico e enfermeiro com treinamento voltado ao atendimento médico aéreo.
A enfermagem de bordo tem amparo legal da legislação que regulamenta o exercício profissional da enfermagem (7.498/86). A Lei diz que é privativo do enfermeiro os cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida, além dos cuidados de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas.
Outro amparo legal dos enfermeiros está na Portaria GM/MS 2.048 de 5 de novembro de 2002, a qual determina, entre outros pontos referentes à temática, a capacitação específica dos profissionais de transporte aeromédico.
De acordo com Wagner Pereira, que é enfermeiro especialista em Urgência e Emergência, os profissionais de enfermagem que atuam no transporte aeromédico precisam se especializar.
“ Os enfermeiros não precisam só se especializar por ser uma orientação do Ministério da Saúde ou por regulamentação do COFEN, mas pela necessidade de preparar o profissional para as peculiaridades desse tipo de atendimento”, comenta Wagner Pereira, ressaltando os principais aspectos abordados na rotina operacional do serviço aeromédico.
“O profissional que irá atuar no transporte aeromédico precisa ter noções aeronáuticas, com destaque para segurança de voo, além de noções de fisiologia aeroespacial, em especial para os efeitos da altitude e vibração. Na capacitação, os profissionais aprenderão ainda sobre o pré-voo, voo e pós-voo, que são etapas indispensáveis para uma assistência de qualidade”, finaliza o professor da pós-graduação de Enfermagem em Urgência e Emergência do CEFAPP.
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